[...] what is not over yet!

É isso ai, mais uma vez me encontro aqui sem sono me pegando o tempo todo pensando em você, tendo aquela nostalgia dos momentos mais bonitos em que passamos; e "quê" momentos. O relógio marca 01:53h, um silêncio tão profundo da noite se mistura com aquela velha solidão e aquela carência, uma carência que apenas você pode lhe dar. Abrindo o computador vejo ali uma pasta com o seu nome, com fotos suas e outras com você do meu lado, sorrindo. E começo a reviver todos aqueles momentos mais uma vez, fecho os olhos pra poder enquadrar os detalhes do seu rosto e fixa-los na minha cabeça, dou aquele simples sorriso de lado; é [...] aquele que você tanto gostava, e abro os olhos pra voltar a simples realidade em um mundo que você não está mais presente, não na minha rotina, não do meu lado, mas sempre dentro de mim. Começo a escrever sobre o que eu sinto, e não consigo concluir nenhum dos meus pensamentos, rabisco aquele papel com uma letra meio estranha e amassando seguro ele bem forte e penso comigo mesmo que essas palavras fazem parte de uma história que nunca acabou.
                                                                                              — velsonm.

Medo. Medo de que existam coisas que na verdade doa mais do que aquele sentimento profundo que jamais foi esquecido. Medo de realmente olhar pra trás e ver que tudo passou; um medo de que aquele silêncio seja eterno. Medo daquele tal ditado em que diz: "O tempo cura tudo" não funcionar mais uma vez. Medo de nunca mais está com você e dormir todos os dias com a mesma sensação de angústia no peito esperando que na manhã seguinte tudo volte a ser como era antes. O que não vai acontecer; atitudes começando a provar que tais pensamentos fogem da realidade, e que só pensamos o que queremos que aconteça, onde deixamos de enxergar o que realmente existe. Persistimos em um mesmo erro, em querer forçar uma sensação dentro da gente que jamais irá existir. Pensamos em meros casos que passaram como se estivesse disponível no nosso presente, e por que tudo isso? E por que sentimos que nossos medos sempre irão prevalecer em qualquer situação das nossas vidas? Por que a insegurança pode transformar uma rosa em um cacto de espinhos? Por que o drama da vida real não se resume em apenas uma palavra; esperança? Sem medo.
                                                                                              — velsonm.

Supostas lágrimas.

E mesmo sem saber ainda choro, sem saber o real motivo de consequentes lágrimas, sem saber pelo menos o que significam. Sem saber vou ficando pra trás em um caminho que não se existi um fim, em um caminho que pedras são recentes mágoas, feridas abertas; pelos quais não consegui ultrapassar. E ai sim começo a perceber o quanto e o que essas tais lágrimas significam; representam algo presente em um ponto que eu ainda não consigo chegar. Não por minha causa, não pelo fato de querer desistir de ir por tal caminho e sim por está cansado de caminhar sobre um chão que pareci se mover a cada passo que dou.
                                                                                                                          — velsonm.

Não sei porque sempre insistimos em arriscar em algo que muitas vezes não é necessário e que mesmo sabendo que o resultado de tudo aquilo sera uma ferida continuamos a insistir, e fingir que tudo vai da certo. Mas a verdade é que temos que lutar e correr muito atrás de tudo o que queremos pra "tudo da certo". Precisamos nos sentir bem mais seguros do que queremos, precisamos enxergar um outro lado de cada história e momento que seja presente em nossas vidas. Só precisamos crescer um pouco mais, tirar das atitudes que a escola da vida nos dar, partes boas; mesmo sendo o que você não quer. Mesmo sendo repentino, temos que nos concientizar de que nada do que acontece, foi e nunca irá ser por acaso. E por que não dizer que não existem acasos? Basta acreditar.
                                                                                            — velsonm.

Olho pro verde das folhas de uma árvore querendo refletir e ver uma maneira de tornar as explicações da vida bem mais simples. Torno a me enganar mais uma vez porque mesmo sabendo que a vida não é um mar de rosas continuamos esperando dela o que não podemos ganhar. Ao invés de nunca esperar nada e nos surpreender, preferimos arriscar muito e nos decepcionar; e por quê? As vezes mesmo enxergando situações em que sabemos que corremos riscos de nos arrepender continuamos a arriscar, e ai vem mais um "por que". Tornamos a vida bem mais simples tentando compreende-la, tentando nunca deixar de sorrir. Tentando presar as coisas mais simples, tentando arriscar mais nos detalhes e tentar alcançar uma felicidade que as vezes escorrega pelas nossas mãos, as vezes perdemos só por não querer falar o que queremos ouvir, e isso por orgulho. Chegamos a querer abraçar e não abraçamos só por não querer dar o braço a torcer. Mas hoje chego a conclusão de que isso é inútil, porque em um amanhã distante, quando deitarmos em nossas camas vamos nos perguntar: Por que eu deixei passar tal oportunidade? E talvez na manhã seguinte; seja tarde demais.
                                                                                                                           — velsonm.

Imagine.

Tente imaginar o sol não se pondo com todo o seu brilho impossibilitando a lua de também brilhar, imagine o céu sem nuvens e na primavera folhas secas sem caírem pra dar espaço a novas folhas, imagine o mar com toda a sua imensidão sem o ardor da areia batendo em seus pés, imagine o silêncio perante um abraço em que uma palavra mudaria absolutamente tudo. Imagine; expresse, sinta. Imagine que tudo ao seu redor seja o que você sempre sonhou, imagine que a vida é simplismente a essência da felicidade e que precisamos apenas dela pra sorrir. Pena. É uma pena que não seja exatamente assim, é uma pena em que imaginar não é o mesmo que realizar; acontecer. É uma pena que não sejam sinônimos. Que tenhamos que ir bem mais além da imaginação, que precisamos correr atrás dos nossos sonhos, da nossa felicidade, dos nossos sentimentos. Só um tipo de imaginação funciona perfeitamente bem; em partes. Imagine a perca de algo que te faça sorrir, que te dê as estrelas como um simples presente, e que o impossível jamais faria parte do seu tal dicionário. Imagine a perca do seu abraço, dos seus carinhos, de toda a sua atenção, do seu beijo; do seu cheiro. Talvez um novo enxergara em uma nova direção um novo sentido.
                                                                                                                        — velsonm.

Eu queria saber de tudo, queria poder acreditar em tudo, queria apagar as luzes do mundo e ficar apenas sob a luz da lua. Falar como se estivesse conversando com um diário, prender sentimentos como se conseguisse controla-los. Queria poder enxergar mais além, queria poder dar menos atenção, queria me decepcionar menos, queria só viver mais. Queria sempre sorrir, nunca chorar; queria sempre vencer, nunca perder. Querer, só querer. Nunca chegaremos a alcançar o que "queremos" apenas "querendo". As vezes não sabemos o que estamos fazendo, fazemos o errado pensando está certo; ou não. As vezes não damos tanto valor as coisas que nos dão um ar de felicidade. As vezes mesmo não querendo perder, perdemos. Perdemos por não perceber, não notar, não arriscar. E não descobrimos a tempo que só queremos, sempre queremos e muitas vezes não damos ou retribuímos o que queremos pra nós mesmo.
                                                                                                                             — velsonm.